Sejam todos bem-vindos ao nosso espaço

"O professor que desperta entusiasmo em seus alunos conseguiu algo que nenhuma soma de métodos sistematizados, por mais corretos que sejam, pode obter" (John Dewey)


terça-feira, 15 de maio de 2012

Que não seja uma despedida!

Bem, pessoal

Hoje é dia 15 e nosso curso "Leitura e escrita em contexto digital" chega ao fim.
Acho que já disse o que significou para mim ter participado dele e como me sinto em relação a este momento. Portanto, só quero dizer que espero mesmo que esta não seja minha última postagem neste ambiente, com o qual já começo a me habituar.

Beijos a todos

Ana Paula

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Texto produzido para o curso

Uma das atividades que nos foi solicitada foi a de discorrermos, baseados em um texto de Roxane Rojo, sobre o que é texto e das capacidades necessárias para o leitor compreender e construir os sentidos do texto. Esta foi minha resposta: 

Seduzir o aluno para a leitura: os desafios para a escola                
                 A leitura é  fundamental para que uma pessoa ingresse e  participe de forma plena em um sociedade letrada como a atual. Portanto, saber ler é uma das principais portas de entrada para uma existência cidadã no mundo contemporâneo, mas isto requer muito mais do que decodificar símbolos ou dominar o sistema de escrita vigente e disso advém a complexidade do ato de leitura, e, por conseguinte, revela-se um dos grandes desafios impostos à escola na atual conjuntura, o de seduzir o aluno para a leitura realmente eficaz.
                 Fazer o aluno ler na acepção da palavra, apenas decodificando o sistema linguístico , apesar de alguns empecilhos, nunca foi o maior problema enfrentado pela escola. Em contrapartida, encantá-lo com a leitura, fazê-lo envolver-se com o processo de descobrir o próprio mundo em que se insere, e de outros que ele sequer sonhara existirem, e conduzi-lo a revelar-se por meio das palavras e dos vários discursos que permeiam um texto, isto sim tem sido um grande desafio para a educação formal.
                  Isso parece dever-se ao fato de que a leitura na escola não se mostra interessante uma vez que o aluno, na maioria das vezes, se vê obrigado a memorizar e reproduzir textos considerados bons, sem que consiga atribuir significados a estas tarefas, e tudo isso a fim de cumprir currículos. Não se trata, portanto, de uma prática que o seduza, que faça dele sujeito na construção dos vários sentidos que um texto possibilita. A escola tem perpetuado uma prática autoritária, que coloca o aluno em uma posição totalmente passiva e muito pouco atraente. Há caminhos para mudar este paradigma, mas isso requer esforços.   
                    Pensar dessa forma requer encarar o texto como algo que vai muito além de um conjunto de palavras ou frases articuladas e desvinculadas de um contexto, e, portanto, esvaziado de ideologias e diferentes vozes. Cabe ao profissional docente conduzir o aluno para uma leitura capaz fazer deste um coautor daquilo que lê, à medida que atribui sentidos e dialoga com o autor, compreendendo que  um único texto é repleto de caminhos a serem percorridos.
                    Assim, as habilidades a serem desenvolvidas a fim de tornar o aluno um leitor competente, na plenitude desta palavra, são muitas, uma vez que é a partir da leitura, primeiro de mundo e depois de textos, que o aluno poderá compreender a realidade em que vive e chegará a importantes conclusões sobre o mundo e os aspectos que o compõem. Ler é o principal suporte para a construção de conhecimentos nas mais diferentes áreas e as habilidades de leitura vão muito além de uma simples decodificação, na verdade, vão além da própria compreensão do que foi lido.
                    Portanto, à escola compete desenvolver no aluno habilidades amplas de leitura, mas não da leitura mecanizada, de compreensão e interpretação apenas, mas daquela que vê o texto por suas mais variadas vertentes, e que não despreza o contexto, e todos os elementos que este envolve, não se esquecendo que destes elementos participa o aluno como leitor, a situação de comunicação, as ideologias que afloram daquilo que se lê. Enfim, a escola terá sucesso no processo de seduzir o aluno para a leitura à medida que encarar  o próprio texto de maneira diferente e mostrar ao aluno que ler pode ser sim algo inspirador.  

Ana Paula


Referências bibliográficas:
 
ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. São Paulo: SEE: CENP, 2004. 
SOARES, Magda. Letrar é mais importante que alfabetizar.
SOARES, Magda. O que é Letramento e Alfabetização? ROJO, Roxane. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

Uma breve despedida

Solicitaram-nos que publiquemos os relatos reflexivos que escrevemos como atividade final do primeiro curso que estamos fazendo. Pois bem, aqui vão eles:


RELATO DA ANA PAULA
É estranho como a palavra "final" mexe comigo. Sinto um gostinho de despedida que aborrece e comove, ao mesmo tempo em que me enche de uma sensação boa de missão cumprida, ou quase... Bem, eu confesso que foi muito prazeroso estar aqui com vocês, e embora o tempo disponível que tive para realizar as atividades não tenha sido o mais extenso, eu tentei fazer meu melhor. Sinto apenas não ter conhecido melhor vocês, trocado mais experiências ainda, talvez pela falta do tempo ou sei lá, mas isso não quer dizer que não possamos fazer isso, não é?
                  Na verdade, pode parecer estranho, mas este é o primeiro curso inteiramente à distância do qual participo e, portanto, para mim, foi tudo, ou quase tudo, novo e bastante enriquecedor. Com as plataformas e a Internet eu não tive dificuldades, pois sempre fui uma curiosa deste mundo virtual.
O móduto em que trabalhamos especificamente com gêneros do discurso foi para mim, entre todos, aquele com o qual "lidei" com mais facilidade, visto que caminhei por trilhas muitas vezes já percorridas, como contei em meu depoimento anterior, mas mesmo já conhecendo a atividade proposta, foi bem interessante realizá-la, estando do outro lado da moeda, ou seja, como aluna. Certamente, isso me fez entender melhor as dificuldades que o aluno quando solicitado que realize algo parecido.
                   Fazer o blog foi bem divertido. Eu até já tinha me aventurado anteriormente por searas parecidas, mas o primeiro blog que desenvolvi foi quase um protótipo e exigiu bem menos de mim. Com este eu me animei, acho que está bem interessante e dá para melhorar ainda mais. Até já estou pensando em algo do gênero para minhas aulas. Andei conversando com meus alunos do 9º ano sobre a possibilidade de fazermos um blog de nossa escola, contei para eles do curso que estou fazendo, e eles se mostraram bem animados. Acho que vai rolar! Sinto-me preparada para isso. Vamos ver... Quanto ao nosso blog, eu não gostaria de abandoná-lo, não. Vejam bem, colegas do grupo 3 e os demais colegas também, nossos blogs são bons espaços para continuarmos a manter contato e a trocar experiências, o que vocês acham?
                    Acho que é isso o que tinha para dizer, pelo menos por enquanto, quero mais uma vez agradecer a todos os colegas e à nossa tutora e reitero meus votos de um bom final de curso a todos e que voltemos a nos encontrar por aí!
Abraços e boa sorte!
                                                            RELATO DA VERA LÚCIA
                  Mais um curso que chega ao fim, mas deixou sentimentos diversos; ansiedades, preocupações, curiosidades, medo, pressa enfim, tudo o que faz parte da nossa vida cotidianamente. E, mesmo na correria do dia a dia, tive mais uma oportunidade de aprender a aprender, a compartilhar, contribuir,
colaborar e receber.
                  Adquirir novos conhecimentos sempre está entre vários objetivos que tenho para melhorar e ampliar minha didática pedagógica, e esse curso contribuirá no meu desempenho profissional de maneira positiva.
                  Eu sempre digo para meus alunos que Educação Física não é apenas bolas e quadra e muito menos sinônimo de bagunças, Educação Física é a Educação do corpo e da mente como um todo, seja qual for a disciplina temos que desenvolver as capacidades de leitura e escrita para atuarmos como cidadão ativo e reflexivo que cumpre seus direitos e deveres perante a sociedade a qual está inserido.
                    Esse processo de novas aprendizagens por qual acabei de passar deixou nítido que, na minha área posso desenvolver métodos e estratégias que possibilitem o aluno a  ler, interpretar e registrar de formas variadas, seja livros, gibis, revistas, jornais e/ou ler e interpretar um movimento corporal através de gesticulações, mímicas e danças ou de semblantes que expressam alegria, tristeza, mistério, medo, determinação, desânimo, enfim, cabe a nós desenvolver essas capacidades em nós mesmos, e estimulá-las em nossos filhos e alunos. 
                   Apesar das muitas tarefas que realizamos em nosso cotidiano, que, às vezes, nos deixam sem ânimo e criatividade para criar, produzir textos em formas diferentes foi um desafio instigante como por exemplo, fazer um texto em forma de interrogatório, para mim,  foi algo totalmente novo e interessante e certamente tudo o que é novo, diferente, mexe com sentimentos e rotinas, compor um blog também foi novidade, pois, até então, nunca tinha nem visitado ou sequer feito um, mas foi bem divertido principalmente porque errei ao publicar um texto e não sabia arrumar e tive o auxílio espontâneo da colega Ana Paula Takata.
                      Esse não é o primeiro curso online que realizo, mas posso dizer que aprendi muito participando e interagindo com professores de várias áreas, principalmente, por ser diferenciado e ter interrelacionado as diversas disciplinas com o objetivo de estimular a prática da leitura e da escrita de forma geral através dessa ferramenta cada vez mais presente em nossas vidas, a internet.  
                        Agradeço a todos envolvidos nesse curso, tutores e colegas cursistas presentes que colaboraram e dividiram suas experiências assim como eu também o fiz.
Algo me diz que é só um final temporário, então, que seja bom a todos.
Abraços,
Vera.

                                                     RELATO DA LUCILENA

                 Ao realizar o curso, foi possível perceber que é realmente necessário estar em constante aprendizado, e essa aprendizagem foi possível na interação com os colegas. Sendo no contexto digital, tive a oportunidade de adquirir novos conhecimentos (produção de um blog e postagem de texto), que considero nova forma de leitura e escrita, mais dinâmica, já que as informações estão acessíveis em tempo real. No meu trabalho preciso conhecer e utilizar esses recursos que atualmente são indispensáveis no dia-a-dia. Sendo da área de Ciências Exatas, às vezes sentia receio em produzir textos, e para buscar ajuda nesse sentido estou sempre procurando me atualizar e esse curso é mais uma forma de atualização de conhecimentos que tive a oportunidade de recorrer. Atualmente, na Coordenação Pedagógica, preciso estar atenta a todas as formas de comunicação, e é preciso conhecer um pouco das novas formas de utilização da tecnologia e assim conseguir adicionar este recurso na realização mais aprimorada de meu trabalho em minha escola,  podendo assim aperfeiçoar minha função de professora formadora.
Foi muito gratificante trabalhar com todos.
Abraços.
Lucilena                                                                                                                                         

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Li, amei, quero compartilhar

Leiam e digam se não é uma verdade absoluta:


 "O microscópio e o telescópio são extensões da nossa visão; o telefone é a extensão da nossa voz; em seguida, temos o arado e a espada, extensões do nosso braço. O livro, porém, é outra coisa: o livro é uma extensão da nossa memória e da nossa imaginação."

(Jorge Luis Borges)

Pra não dizer que não falei das flores...

Gente, sei que já devíamos ter feito as devidas apresentações, mas antes tarde do que nunca, certo?
Estas somos nós, integrantes do grupo 3. Um pouquinho de cada uma por suas próprias palavras...


ALVANINHA CORDEIRO LIMA SILVA
Ferraz de Vasconcelos-SP

Sou de Ferraz de Vasconcelos, professora de matemática e atualmente como PC do Ensino Médio da E.E. Profª Ignês Corrêa Allen espero acrescentar o meu conhecimento , e poder passar aquilo que sei para os demais , conto com a ajuda do grupo e que tenhamos um otimo curso. O que gosto de fazer nas horas vagas e ler, e fica com a minha familia que é maravilhoso e amo muito. Os filmes que admiro são "sempre ao seu lado" e "O som do coração".

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ANA PAULA TAKATA
Mogi das Cruzes-SP

Olá a todos
Quem sou e o que faço? Sou de Mogi das Cruzes, onde nasci e moro desde sempre. Ingressei na educação do Estado de São Paulo, nos cargos de Língua Portuguesa e Inglesa.
De que mais gosto? Bem, o que mais amo neste mundo é minha família, principalmente meu filho de 2 anos, razão de meus melhores momentos. Gosto muito de cinema, e sou leitora compulsiva, costumo dizer que leio até bula de remédio, na falta de coisa melhor...rs
O que espero deste curso? Aprimorar minha prática por meio da troca de experiências e do arcabouço teórico que nos será apresentado. Em outras palavras, APRENDER.
A todos um ótimo trabalho e até mais

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LUCILENA PINELI BUENO
Pirangi-SP

Olá,
Sou professora de Ciências Físicas e Biológicas e Matemática. Atualmente, estou como Coordenadora Pedagógica – Ensino Fundamental – Anos Finais. Gosto de estudar sendo que é um meio de buscar novos horizontes.
Ao realizar este curso certamente estarei adquirindo novos conhecimentos que serão muito úteis em meu trabalho e também em minha vida pessoal.
Abraços
Lucilena.

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VERA LUCIA APARECIDA DE SOUZA GUIOTI 
Cândido Mota-SP

Olá, pessoal,
Sou professora da rede estadual há 11anos, efetiva desde 2005. Sou casada, tenho 2 filhas que são a minha vida, amo curtí-las sempre, e no meu tempinho livre gosto de fazer palavras cruzadas. Espero com esse curso ampliar meus conhecimentos, aprender e compartilhar conhecimentos com cada um de vocês cursistas e tutores e inovar minha didática de trabalho.


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FÁTIMA CRISTINA ATAÍDE DE CARVALHO
Ribeirão Pires-SP

Olá!
Estou no magistérrio público estadual a 25 anos. Sou formada em Letras e lecionei durante 19 anos. Fiz Pedagogia, com habilitação em administração escolar e supervisão de ensino. Há 6 anos ingressei como Diretora de Escola na EE Dom José Gaspar, escola de ensino fundamental II e ensino médio, em Ribeirão Pires. Sou apaixonada pela Educação e acredito que sempre temos muito para ensinar e também aprender.
Sou casada, mãe de três filhas adolescentes, que me dão muita alegria.
Gosto de ler, assistir programs de entrevistas e variedades e comecei este ano me aventurar na área de artesanato fazendo Arte Francesa.
Espero que com este curso eu consiga me atualizar na minha primeira formação, Letras e colaborar com os professores e coordenadores da escola.
Bom curso para todos.
Abraços!
Fátima Cristina



Novos interrogatórios

Pessoal,

Tomei a liberdade de postar também os textos das minhas colegas de grupo. Aqui vão os textos da Lucilena e da Vera:


O CADÁVER DA SOLEIRA


Delegado – Preciso fazer algumas perguntas para o esclarecimento dos fatos, é muito importante que diga toda a verdade.

Senhora – Sim.

Delegado - Hoje de manhã a senhora fez um telefonema. Por quê?

Senhora – Encontrei um homem morto na soleira de minha porta.

Delegado – Conte-me o que fez antes do ocorrido?

Senhora – Hoje de manhã ao abrir os olhos, olhei para o despertador e no mesmo instante senti que algo não estava bem. Levantei-me, fui ao banheiro, lavei o rosto e escovei os dentes. Percebi que havia algo estranho no ar...

Delegado – A Senhora ouviu algum barulho diferente?

Senhora – Sim.

Delegado – E o que fez?

Senhora - Eu saí do banheiro, enxuguei o rosto às pressas e destranquei a fechadura da porta, mas senti muito medo e resolvi não abrir, não sabia o que poderia encontrar, já que eu estava sozinha.

Delegado – Como foi que você o encontrou?

Senhora – Eu estava me arrumando para trabalhar, quando ouvi a campainha, apesar de estar com medo resolvi abrir a porta e então o encontrei caído na soleira, fiquei muito assustada.

Delegado – Como sabia que o homem estava morto?

Senhora – Abaixei-me e toquei-o com os dedos e senti que o corpo estava frio e rígido, fiquei apavorada.

Delegado - Você conhece o homem?

Senhora – Não.

Delegado – Havia mais alguém no local em que você o encontrou?

Senhora – Não, no mesmo instante olhei ao redor e constatei que não havia mais ninguém no corredor.

Delegado – Ele tem alguma lesão visível?

Senhora – Sim, ele tinha uns machucados nas mãos.

Delegado – Após tocar a campainha, você demorou muito para abrir a porta?

Senhora – Não, assim que eu ouvi já corri para a porta.

Delegado – Mas então, se você não demorou para abrir a porta, e não havia ninguém no local, quem poderia ter tocado a campainha?

Senhora – Não sei.

Delegado – Você sabe se este homem mora perto de sua casa?

Senhora – Sim, ele mora a uns dois quarteirões daqui.

Delegado – Mas se você não o conhece como você sabe onde ele mora?

Senhora – É que... eu tinha me esquecido, mas conhecia ele de vista.

Delegado – A senhora está dispensada, iremos continuar investigando... No momento, não tenho mais perguntas, porém é possível que precise chamá-la para novos esclarecimentos.

(Lucilena Pineli Bueno)





Delegacia central de SP, às 08: 40 da manhã.

-Muito bem, creio que sabe que tudo o que disser aqui será gravado e se necessário, usado contra você, sim?

-Sei, sim, senhor.

-Então, o que fazia minutos antes de encontrar o corpo?

-Bem, eu havia acabado de abrir os olhos, consultei o relógio de cabeceira, eram 05: 40 e vendo que não conseguiria mais dormir, levantei-me.

-Levantou-se com o intuito de...?

-Ué, fazer o que todos fazem primeiramente quando acordam. Dirigi-me ao banheiro para escovar os dentes e lavar o rosto e, foi neste momento que ouvi a campainha tocar.

-E fora diretamente em direção à porta?

-Obviamente, enxuguei-me primeiro às pressas enquanto saía do banheiro e caminhei até a porta, destranquei a fechadura e quando a abri.....!

-Quando a abriu...? Estamos esperando.

-Vi um homem estranho caído na soleira, corri os olhos em torno para constatar que não havia ninguém mais no corredor. Por um momento, achei que fosse só um bêbado perdido, mas quando me abaixei e o toquei com os dedos senti que o corpo estava frio e rígido e logo percebi que era um cadáver.

-E o que fez em seguida?

-Corri para o telefone e disquei o número central da polícia.

-Apenas tocou o corpo ou chegou a movê-lo?

-Não, senhor, apenas toquei-o para verificar se havia sinais vitais.

-Bem, sem mais perguntas, vamos prosseguir com as investigações, e, dependendo de seu decorrer, entraremos em contato, obrigado pelo tempo.

-Espera delegado, precisarei de um advogado?
(Vera Lúcia Aparecida de Souza Guioti)





Abraços a todos

Ana Paula

PS.: Ah, eu esqueci de assinar o meu próprio texto "Pela boca se fisga o peixe"... Atrapalhadinha eu...rsrsrs


Texto do módulo 2 - Gênero: Interrogatório

Foi-nos solicitado, no curso, que escrevêssemos um texto, do gênero interrogatório, baseados em uma dada situação. Confesso que me diverti realizando esta atividade, embora já a conhecesse. A melhor parte foi ler os textos muito interessantes dos colegas.
Como nos foi solicitado que postássemos os textos aqui no blog, lá vai o meu:
 
 

É pela boca que se fisga o peixe

Na delegacia de polícia, algumas horas após encontrar um cadáver na porta de seu apartamento, Camila é interrogada pelo delegado de plantão:

Delegado: A senhora é Camila da Silva Mendes, correto?

Interrogada: Sim, senhor.

Delegado: Qual sua idade, dona Camila?

Interrogada: Acabei de completar 45 na semana passada, doutor. Dia 5.

Delegado: Certo. Profissão?

Interrogada: Professora.

Delegado: Certo. Muito bem. A senhora sabe por que a trouxemos até aqui, sim? Na verdade, precisamos coletar dados para iniciar as investigações sobre o ocorrido em seu apartamento...

Interrogada: Não foi no meu apartamento, não, senhor. Foi na minha porta. O homem tava no corredor, na porta...

Delegado: Eu sei, eu sei, mas foi a senhora quem acionou a polícia e, por favor, acalme-se. Atenha-se aos fatos...

Interrogada: Tá bem, desculpe, doutor, é que nunca estive em uma delegacia antes! E depois, se o senhor soubesse o susto que passei hoje. Nem acredito ainda que achei um morto na minha porta!

Delegado: Bem, mas me diga, a que horas a senhora acordou?

Interrogada: Na hora que sempre acordo. Seis e meia meu despertador toca.

Delegado: E fez exatamente o quê?

Interrogada: Bom, eu levantei, e fui pro banheiro. Tava lavando o rosto, escovando os dentes, o senhor sabe... Quando minha campainha tocou e...

Delegado: A senhora foi atender?

Interrogada: Então, doutor, é como eu disse pros policiais, eu me sequei correndo e corri pra ver quem era naquela hora da manhã. Até me assustei porque não costumo receber ninguém assim tão cedo...

Delegado: Sei, sei... E então?

Interrogada: Então que eu abri a porta e Jesus, Maria, José... Quase tive um treco, doutor. O homem tava lá, estirado na minha porta.

Delegado: E o que a senhora fez?

Interrogada: Primeiro, eu olhei pra ver se tinha mais alguém no corredor, vai sabe, tocaram a campainha, o homem que não deve ter feito isso...

Delegado: E tinha?

Interrogada: Tinha, não, senhor.

Delegado: E como a senhora percebeu que o indivíduo estava morto? Afinal, foi o que relatou ao telefone. Como soube que não fora ele quem tocou a campainha?

Interrogada: Ah, sei lá, eu imaginei, doutor, num sei... O homem tava pálido feito um lençol. Então eu toquei nele. Ai, meu Deus. Tava gelado e duro. Só podia tá morto.

Delegado: A senhora tocou no corpo. Como assim, moveu?

Interrogada: Não, não. De jeito nenhum, doutor. Eu só encostei nele. Já vi que tava morto.

Delegado: E...

Interrogada: E corri pro telefone pra ligar pra vocês. A polícia chegou até que rápido... Eu fiquei lá, tremendo de medo...

Delegado: A senhora conhecia o indivíduo?

Interrogada: Eu? De jeito nenhum. Nunca nem vi... Ai, doutor, eu tô tão nervosa!

Delegado: Já pedi que se acalme, dona Camila. Tudo bem. Acalma-se, sim? Só me responda mais uma coisa, tinha mais alguém em seu apartamento, naquela hora?

Interrogada: Não, senhor, eu moro sozinha.Não tinha ninguém.

Delegado: Sei, sei... Bom, por enquanto é isso.

Interrogada: Eu vou ter que voltar aqui, doutor?

Delegado: Talvez sim. Tudo depende do encaminhamento das investigações. Mas, por enquanto, agradecemos sua presença, a senhora está dispensada.
Interrogada: Ai, senhor! Só me faltava esta. Encontrar um defunto envenenado na minha...
Delegado: Como é? Envenenado?! Mas o que te faz pensar que ele foi envenenado?
Interrogada: Ah?! Como?!
 
 
 
Bem, pessoal, é isso aí. Fiz o melhor que pude, espero que gostem!!!
Até mais...

domingo, 22 de abril de 2012

O prazer em ler

O prazer pela leitura pode surgir pela curiosidade. 
Lembro-me quando era ainda uma menina entre dez e doze anos de idade cheia de sonhos, com vontade de conhecer lugares diferentes, viajar de avião e ser "gente grande" para poder realizar meus desejos.
Durante uma aula, a professora disse que tinhamos que ler e escreveu na lousa uma frase: " Ler é uma viajem ao mundo dos sonhos".  
Um dia, passando pela biblioteca da escola, olhei pela janelinha de vidro e avistei vários livros de tamanhos diversos, entrei nesta sala, olhei as prateleiras e vi uns livros pequenos com fotos de casais e alguns com rostos de moças e muito bonitas e delicadas nas capas, uma etiqueta acima informava; ROMANCES. Sem entender o que significava essa palavra, escolhi um livro e levei-o para ler em casa. Comecei a ler a história, achei interessante e fiquei curiosa para saber o final, então esqueci do tempo e continuei a leitura até que o livro acabou. Gostei do livro, falava de amor, carinho, saudades, vontade de ficar sempre com a pessoa amada, realizar desejos, viajar, buscar a felicidade...enfim.
A cada dois dias no máximo eu visitava a biblioteca e retirava outro livro, ora de romances, ora de aventuras como A mina de ouro que tirou o meu sono para descobrir se as crianças perdidas na mina achariam a saída e voltariam para casa. Assim foi até eu ler muitos  livros daquela biblioteca.
Depois de moça, descobri o prazer pelas cruzadas, quantas descobertas com elas, quanta pesquisa em dicionários para achar o significado das palavras, e esse hábito se tornou meu passatempo favorito e continua até hoje.
Essa rotina de livros escolares, literários e cruzadas, fazem parte da minha rotina e consequentemente, da rotina das minhas filhas que também adoram ler, a menor está no 1º ano e está lendo gibi sozinha, está cada dia mais feliz, pois era tudo o que ela queria, ser independente com os livros.
Hoje eu digo para elas e para meus alunos que através da leitura podemos ser, fazer, e até ter tudo o que desejamos, pois quem lê, enriquece. 

Atentos e Antenados!

Por que, nós educadores temos que estar antenados????

A Educação transforma-se com a sociedade e época em que é explorada. Estamos na era da Educação digital/virtual, temos como exemplo os cursos de EaD em que é preciso conectar-se à uma rede, acessar um site e aprender a manipular um computador e, através do mesmo, assistir uma aula online, entrar numa biblioteca virtual, receber e enviar informações que nos acrescentam conhecimentos, enfim, ensinamos e aprendemos via a uma das tecnologias que revolucionaram a Educação, a INTERNET.
A tecnologia evolui junto com a curiosidade humana e, sendo assim, podemos unir o necessário ao agradável, estimular em nossos alunos o interesse em usufruir dessa ferramenta para o crescimento pessoal e o desenvolvimento das capacidades de leitura e escrita  para quiçá, descobrirem-se grandes escritores que contribuem para uma cidadania digna e responsável.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Deixe seu depoimento

Oi, pessoal

No curso que estamos fazendo, uma das atividades que nos solicitaram foi a de deixar um depoimento sobre experiências com leitura e escrita. Li depoimentos belíssimos e gostaria de poder compartilhar de tantos outros, por isso, abro este espaço aqui para quem quiser dele participar. Deixo também o depoimento que postei lá no curso:

Imaginem uma garotinha de pouco mais de onze anos, em cujas mãozinhas vieram pousar os dessabores de Marguerite Delamarre, num volume de capa branca com a foto de uma freira de olhos tristes emoldurada por arabescos. Pois sim, essa fui eu, com Diderot em minhas mãos. Li? Sim... Entendi? Faltava-me a maturidade necessária para tanto, mas certamente comoveram-me os sofrimentos da pobre religiosa trancafiada em um convento contra sua vontade. A verdade é que me apaixonei por aquele objeto, até então meio desconhecido para mim: o livro.

 Pois é, como me esquecer de quando meu pai assinou o "Círculo do livro", e começamos a receber em nossa casa volumes de livros lindos, em capas duras e letras douradas, outros coloridos e com figuras nunca dantes avistadas ?

Naquele momento minha relação intensa de amor com a literatura e os livros começou de fato.

Mais tarde, já leitora voraz, aluna ainda, e como atividade de sala de aula, conheci tantas outras histórias, li tantos outros livros... A paixão só fez crescer!

E daí a aventurar-me na escrita, no lirismo das poesias, nos caminhos mágicos dos contos, foi um passo! Nada profissional, nunca intencional, apenas por amor, pleno gosto de brincar com palavras, de sorver seus sabores, e viajar em sua magia por mundos inimagináveis e desconhecidos!


quinta-feira, 12 de abril de 2012

Sintonizando

Este blog é produto do curso "Práticas de leitura e escrita na contemporaneidade", realizado à distância e oferecido aos educadores da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.
Como se trata de nosso primeiro "passeio" pelo mundo dos blogueiros, talvez não fique assim, assim... Aquilo tudo. Mas certamente faremos o melhor que pudermos e, sem dúvida, aprenderemos muito com a nova vivência! Digo nós, pois este é um blog de grupo. Somos o grupo 3, da turma 27. Bom trabalho para nós, meninas!

Este espaço destina-se à troca de experiências por todos aqueles que acreditam no poder transformador da Educação. Assim mesmo, com letra maiúscula!

Sejam todos bem vindos!

"A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida" John Dewey